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Justiça do Rio de Janeiro manda soltar MC Poze

Desembargador Peterson Barroso Simão revogou a prisão por considerar a medida exagerada e criticou como o funkeiro foi detido

Rio de Janeiro|Do R7

Algemado, MC Poze reclama de tratamento ao ser preso pela polícia no Rio: 'Perseguição'
MC Poze foi preso no último dia 29 RECORD

A Justiça do Rio de Janeiro mandou soltar o funkeiro Marlon Brandon Coelho Couto, o MC Poze, na noite desta segunda-feira (2). O cantor teve um habeas corpus concedido após pedido da defesa.

A decisão é do desembargador Peterson Barroso Simão, da 2ª Câmara Criminal, que aplicou medidas cautelares a serem cumpridas pelo cantor.

Ao ser solto, o funkeiro não poderá trocar de endereço e deve entregar o aporte. Além disso, ele fica proibido de se comunicar com investigados, testemunhas e pessoas ligadas à facção criminosa Comando Vermelho.

Na determinação, Peterson Barroso Simão considerou exagerada a ordem de prisão contra MC Poze:


“A prisão temporária por 30 dias afigura-se, a princípio, excessiva para o prosseguimento das investigações. O material arrecadado na busca e apreensão parece ser suficiente para o prosseguimento das investigações, sem a necessidade da manutenção da prisão do paciente, valendo registrar que não há comprovação, por ora, de que ele estivesse com armamento, drogas ou algo ilícito em seu poder”.

O desembargador ainda criticou as condições em que o funkeiro foi detido pela polícia:


“Por outro lado, há indícios que comprometem o procedimento regular da polícia. Pelo pouco que se sabe, o paciente teria sido algemado e tratado de forma desproporcional, com ampla exposição midiática, fato a ser apurado posteriormente”.

Com a nova decisão, Poze deve responder em liberdade à investigação da Polícia Civil por apologia ao crime e associação ao tráfico.


No documento, o desembargador Peterson Barroso Simão ressaltou que Poze já respondeu a outro processo semelhante e foi absolvido.

Por fim, o magistrado afirmou que os alvos da polícia devem ser os “chefões do tráfico”.

“Verifica-se que a prisão temporária não é exatamente a solução almejada pela população, pois todos nós imaginamos como funciona a máquina criminosa do Comando Vermelho. É preciso prender os chefes, aqueles que pegam em armas e negociam drogas. O alvo da prisão não deve ser o mais fraco – o paciente, e sim os comandantes de facção temerosa, abusada e violenta, que corrompe, mata, rouba, pratica o tráfico, além de outros tipos penais em prejuízo das pessoas e da sociedade. Registre-se, na oportunidade, que aqueles que levam fortuna do INSS contra idosos ficam tranquilos por nada acontecer e, ao mesmo tempo, prende-se um jovem que trabalha cantando e ganhando seu pão de cada dia, podendo responder à investigação e processo criminal em liberdade. Tais extremos não combinam. Outros cantores se encontram em semelhantes atuação artística e, no entanto, não foram, pelo que se sabe, objeto de investigação.“

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