O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recuou e anunciou, nesta quarta-feira (9), a redução do “tarifaço” para 10% por 90 dias para todos os países, com exceção da China. As taxas para o país asiático foram aumentadas para 145%. Para especialistas e auxiliares do governo americano, a decisão seria estratégica e teria sido planejada desde o início.
O economista Daniel Vargas explica, em entrevista ao
Conexão Record News desta quinta-feira (10), que ainda “não está exatamente claro qual é ou qual era o intuito do Trump em aplicar esse conjunto de tarifas sobre o mundo”. Entre os possíveis motivos está o
combate ao crescimento chinês, considerado uma ameaça à soberania americana.
Por trás dessa motivação, segundo Vargas, o republicano também teria como objetivo
corrigir uma “trapaça econômica”, realizada, principalmente, por países em desenvolvimento. O aumento dos impostos serviria ainda como arrecadação para os EUA e poderiam ser utilizados no combate de problemas sociais, como a entrada de drogas e remédios ilegais pela fronteira.
No entanto, o professor alerta que, com os anúncios recentes, muitos
investidores estão vendendo seus títulos do tesouro americano — considerado uma das aplicações mais seguras do mundo. Como consequência, para vender os papéis do tesouro, o país terá que aumentar as taxas de juros, e isso pode gerar aumento nos valores de diversos produtos, cartão de crédito e hipoteca.