:root { --editorial-color: #556373; } body { writing-mode: horizontal-tb; font-family: var(--font-family-primary, sans-serif), sans-serif; }
Logo R7.com
Logo do PlayPlus

Crise do IOF: 'Na hora da sua contribuição, ninguém quer ajudar o ajuste fiscal', diz economista

Dezenove propostas estão no Congresso para tentar derrubar o decreto do governo federal que anunciou mudanças no imposto

Conexão Record News|Do R7

Desde o anúncio de mudanças no IOF (Imposto Sobre Operações Financeiras) na última semana, agentes do mercado financeiro e do setor produtivo tentam barrar o aumento das alíquotas. Já são 19 propostas no Congresso para derrubar o decreto do governo federal. A medida anunciada pela equipe econômica tem o objetivo de aumentar a arrecadação para equilibrar as contas públicas e atingir a meta do arcabouço fiscal neste ano. 


Em entrevista ao Conexão Record News desta quarta-feira (28), Carla Beni, economista e professora da FGV (Fundação Getulio Vargas), explica que o governo não possui mais muitas fontes de manobra para fechar o arcabouço fiscal, o que fez com que o Executivo recorresse às mudanças no IOF, sendo que algumas dessas ainda foram recuadas pelo governo na última semana — o que pode ser entendido como uma fraqueza do governo. “Quem mandou na discussão foi o segmento de investimentos no exterior”, afirma. 

A professora destaca que outras alternativas de contenção de gastos acabam esbarrando em entes que não desejam ceder valores, como os R$ 50 bilhões em emendas parlamentares, os R$ 5 bilhões do fundo partidário, os supersalários ou os aproximadamente R$ 600 bilhões em isenções tributárias às empresas. “Na hora de dar a sua parte, a sua contribuição, ninguém quer ajudar o ajuste fiscal, mas todo mundo fala o dia inteiro que precisa ter ajuste fiscal”, completa Carla. 

Segundo a especialista, se 10% de cada um desses valores já fosse cortado, a economia na casa dos bilhões de reais seria significante no orçamento, mostrando que o dilema não é financeiro, é político, uma vez que há muito dinheiro, porém mal distribuído. 

“O governo fica com uma margem de manobra pequena. E fica essa tensão entre o Executivo e o Legislativo, e a gente, na verdade, não caminha porque pautas importantes acabam não sendo nem discutidas, como os supersalários”, completa.

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.