Governo de Minas vai descartar 450 toneladas de ovos para controle da gripe aviária
Ovos seriam utilizados para fecundação e criação de aves, não para o consumo; materiais contaminados também serão destruídos
Minas Gerais|Lucas Eugênio, da RECORD MINAS

O Governo de Minas anunciou, na manhã deste sábado (17), que vai descartar 450 toneladas de ovos para o controle da gripe aviária no estado. Os ovos seriam utilizados para fecundação e criação de aves, não para o consumo. Além disso, materiais que tiveram contato com os produtos contaminados também serão destruídos.
Uma reunião emergencial foi realizada pela Seapa (Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e pelo IMA (Instituto Mineiro de Agropecuária) para tratar sobre o tema.
“A iniciativa mostrou-se necessária para manter o controle sanitário, seguindo planos prévios para possíveis ocorrências do tipo, garantindo contenção e erradicação da doença e a manutenção da capacidade produtiva do setor. Todas as medidas que estão sendo tomadas fazem parte do Plano de Contingência da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), firmado entre União, Estados e setor produtivo em 2022, quando surgiu o primeiro foco da doença na América do Sul”, informou o governo.
Segundo os órgãos, os ovos foram produzidos em uma granja comercial de Montenegro, cidade do Rio Grande do Sul. No município, o vírus da gripe aviária foi confirmado pelo Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária) nesta quinta-feira (15).
O Ministério ainda rastreia os ovos produzidos na cidade. Por isso, podem ser necessários novos descartes de produtos em Minas Gerais nos próximos dias. Segundo a pasta, a gripe aviária leva as aves à morte, mas não representa risco para a população por não ser transmissível por meio do consumo da carne ou ovos.
O descarte faz parte das estratégias de vigilância epidemiológica implantadas pelo IMA para as doenças avícolas de controle oficial: newcastle, salmonelose e micoplasmose. “Os trabalhos incluem medidas de biosseguridade das granjas comerciais, políticas de educação sanitária e vigilância nas propriedades classificadas como risco, cadastro e vistoria em criatórios de subsistência”, detalhou o instituto.
De acordo com o Governo de Minas, mais de 8.000 ações de educação sanitária foram realizadas em estabelecimentos com aves em Minas Gerais. O estado responde hoje pela segunda maior produção de ovos do país e a quinta maior na produção de galináceos.
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