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O que é a ‘guerra da água’ declarada pela Índia contra o Paquistão

Nova Déli suspende tratado de compartilhamento hídrico e anuncia interrupção do fluxo de rios após ataque na Caxemira

Internacional|Do R7

Tanque das Forças Armadas da Índia dispara durante treinamento Divulgação/Ministério da Defesa da Índia

O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, anunciou na terça-feira (6) que o país vai interromper o fluxo de água dos rios que nascem no território indiano e seguem para o Paquistão.

“A água da Índia fluirá para a Índia, será conservada para o benefício da Índia e usada para o progresso da Índia”, disse Modi em um discurso em Nova Déli, segundo a rede britânica BBC.

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A decisão vem após a suspensão, há cerca de duas semanas, do Tratado das Águas do Indo, assinado em 1960, que regulava o compartilhamento de seis rios da bacia do Indo entre os dois países.

O tratado, que sobreviveu a duas guerras, era considerado um exemplo de gestão transfronteiriça de águas.


A suspensão ocorre após o ataque militante que matou 26 pessoas, das quais 25 indianos e um nepalês, na Caxemira istrada pela Índia em 22 de abril, de acordo com informações divulgadas pelo Ministério da Defesa da Índia.

A Índia acusa o Paquistão de apoiar o ataque, o pior contra civis na região em duas décadas. Islamabad nega as acusações. O ministro da Irrigação da província paquistanesa de Punjab, Kazim Pirzada, disse à agência de notícias AFP que a interrupção do fluxo de água é “um ato de guerra”.


Punjab, que abriga quase metade dos 240 milhões de habitantes do Paquistão, depende dos rios para sua agricultura, e alterações no fluxo do Rio Chenab já foram observadas. “Um dia o rio tinha vazão normal e no dia seguinte estava muito reduzida”, disse Pirzada.

O Rio Indo, um dos mais longos da Ásia, é vital para o Paquistão, onde abastece cerca de 80% das fazendas, segundo a BBC. Especialistas apontam que a Índia precisará de tempo para construir represas e reservatórios para armazenar a água que planeja reter.


Ataques de ambos os lados

As tensões se intensificaram com trocas de tiros noturnos e ataques aéreos na Linha de Controle, a fronteira de fato na Caxemira, desde 24 de abril, disse o exército indiano à BBC.

Na noite de terça-feira (6), a Índia lançou a Operação Sindoor, com ataques a nove locais no Paquistão e na Caxemira istrada pelo Paquistão, descritos como “infraestrutura terrorista”.

O Paquistão relatou 26 mortes e 46 feridos. Já a Índia disse que 10 civis foram mortos e outras 32 pessoas ficaram feridas após retaliações em seu lado da fronteira. As informações são de autoridades militares de ambos os países.

O ministro da Defesa paquistanês, Khawaja Asif, afirmou que os alvos eram áreas civis, rejeitando a narrativa indiana de ataques a campos terroristas, de acordo com a BBC.

O chefe da ONU, Antonio Guterres, alertou na segunda-feira (5) que as relações entre os dois países atingiram um “ponto de ebulição”, pedindo “máxima contenção”.

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