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O que é a Frente de Resistência, grupo ligado a ataque que matou 26 na Índia?

TRF surgiu em 2019 e assumiu atentado a turistas na Caxemira, o mais mortal contra visitantes na região em décadas

Internacional|Do R7

Polícia da Índia confirma mortes de 26 turistas após ataque de rebeldes
Polícia da Índia confirma mortes de 26 turistas após ataque de rebeldes Reprodução/JR 24 Horas

Um ataque brutal deixou ao menos 26 turistas mortos e mais de uma dúzia de feridos na Caxemira istrada pela Índia na terça-feira (22). A Frente de Resistência (TRF), um grupo armado que surgiu em 2019, assumiu responsabilidade pelo atentado.

O ataque ocorreu em uma tarde ensolarada no prado de Baisaran, em Pahalgam, quando homens armados com rifles automáticos emergiram de uma floresta e abriram fogo contra turistas.

Horas depois, a TRF publicou uma mensagem no Telegram reivindicando o atentado. O grupo justificou o ataque como uma resposta à concessão de autorizações de residência a “estrangeiros”, que, segundo a Resistência, visariam alterar a demografia da Caxemira, segundo a rede Al Jazeera.

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O que é o grupo?

A TRF, também chamada de Resistência da Caxemira, nasceu em 2019, após a revogação unilateral da autonomia parcial da Caxemira pelo governo indiano, que também impôs uma repressão na região.


Inicialmente, o grupo se formava como uma “frente virtual”, utilizando redes sociais para disseminar sua mensagem. O nome “Frente de Resistência” foge da tradição de grupos rebeldes locais, que geralmente adotam nomes islâmicos, projetando, segundo um policial anônimo citado pela Al Jazeera, “um caráter neutro, com foco no nacionalismo da Caxemira”.

No entanto, autoridades indianas afirmam que a TRF é, na verdade, uma ramificação ou fachada do Lashkar-e-Taiba (LeT), um grupo armado baseado no Paquistão, listado como organização terrorista pelos Estados Unidos.


Ajai Sahni, chefe do Portal de Terrorismo do Sul da Ásia, disse em entrevista à Reuters que a TRF seria uma tentativa do Paquistão de criar “um padrão de negação” de envolvimento em atividades terroristas. “Todas as operações da TRF são essencialmente operações do LeT”, afirmou Sahni.

O Paquistão nega apoiar a rebelião armada na Caxemira, afirmando oferecer apenas e moral e diplomático. O governo paquistanês também condenou o ataque em Pahalgam.


Já houve outros ataques?

Desde 2020, a TRF assumiu responsabilidade por ataques menores, incluindo assassinatos seletivos de civis e agentes de segurança, além de ameaças a jornalistas locais.

Em 2022, o grupo ganhou notoriedade ao publicar uma “lista de traidores” com nomes de jornalistas acusados de colaborar com o governo indiano, levando à renúncia de pelo menos cinco profissionais, segundo a Al Jazeera. No mesmo ano, a maioria dos combatentes mortos em confrontos na Caxemira era afiliada à TRF, de acordo com registros do governo indiano.

Em junho de 2024, a TRF reivindicou outro ataque significativo, desta vez contra um ônibus de peregrinos hindus em Reasi, Jammu, que deixou nove mortos e 33 feridos.

Repercussão

O primeiro-ministro Narendra Modi prometeu justiça, declarando nas redes sociais que “os responsáveis por este ato hediondo não serão poupados”.

Líderes mundiais, como o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente russo, Vladimir Putin, enviaram condolências, de acordo com a Al Jazeera.

A suspeita de que a TRF seja uma fachada do Lashkar-e-Taiba complica as investigações. A capacidade do grupo de recrutar militantes e contrabandear armas, como apontado pelo Ministério do Interior da Índia à Reuters, indica que a TRF está longe de ser apenas uma “frente virtual”.

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