Esperança é a única escolha de familiares de israelenses sequestrados pelo Hamas
Maior parte dos reféns é jovem e foi capturada no festival de música eletrônica Universo Paralello, em 7 de outubro
Internacional|Do R7, com informações da Reuters

A israelense-americana Rachel Goldberg, de 54 anos, normalmente não verifica seu telefone no Shabat, o dia de descanso judaico. Mas em 7 de outubro, quando ouviu falar de relatos de uma possível incursão do grupo terrorista Hamas em solo israelense, ela ligou o celular para verificar como estava o filho Hersh, de 23 anos.
O jovem tinha ido com um amigo ao festival de música eletrônica Universo Paralello, em que 260 pessoas morreram. A rave foi apenas um entre os muitos alvos dos extremistas islâmicos no sul de Israel — mais de 1.400 pessoas foram mortas na região, enquanto outras 200 pessoas, pelo menos, foram capturadas e feitas reféns.
Goldberg havia recebido duas mensagens via WhatsApp de Hersh, e foram as últimas que ela recebeu dele desde então: “Eu amo vocês. Desculpe".
Ela lutou para encontrar notícias do filho — amigos da família visitaram hospitais para identificar os corpos. Mas, finalmente, ela viu uma imagem nas redes sociais de Hersh e o amigo escondidos em um abrigo antiaéreo. Foi um vislumbre de esperança.
Eventualmente, os sobreviventes do massacre no festival de música contataram Goldberg e seu marido com a notícia de que tinham visto Hersh, que estava visivelmente ferido, entrar em uma caminhonete do Hamas com outros reféns. A polícia israelense rastreou o último sinal telefônico de Hersh dentro da Faixa de Gaza.
Desde então, Goldberg, uma cidadã com nacionalidade americana e israelense, não tem provas de que o filho esteja vivo, mas ela prefere acreditar que sim.
“Entre ele estar morto ou ter tido seu braço arrancado e ser mantido como refém — essas são as duas opções, e ambas são horríveis —, eu prefiro acreditar que ele está vivo. É por isso que estamos orando", disse ela à agência Reuters.
Pouco progresso
Goldberg disse que ela e sua família entraram em contato com as autoridades israelenses e americanas sobre a situação de Hersh, mas pouco progresso foi feito.
Por enquanto, ela deseja poder falar diretamente com o Hamas. “Quero entender... O que se quer com essa situação? Não conheço situações em que as pessoas sequestrem avós de 85 anos e crianças de 2 anos, e hippies que estão dançando descalços em um festival de música”, disse.
O Hamas mantém pelo menos 200 pessoas sequestradas. Entre elas estão israelenses, estrangeiros e cidadãos com dupla nacionalidade.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, fez um pronunciamento durante uma visita oficial a Israel nesta quarta-feira (18) e afirmou que está trabalhando pela libertação dos reféns que foram levados para a Faixa de Gaza.
Ao menos 31 americanos foram mortos na guerra e outros 13 seguem desaparecidos.
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Centenas de manifestantes que protestam na Embaixada dos Estados Unidos, em Beirute, no Líbano, desde a noite de terça-feira (17), entraram em confronto com as forças de segurança libanesa, que usaram força física e gás lacrimogêneo para dispersar as pessoas