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Entenda o que é a tática de ‘estrangulamento triplo’ da Rússia para pressionar a Ucrânia

Pressão tática do Kremlin vem se somando a ataques de larga escala na última semana

Internacional|Do R7

Estratégia não tem como foco imediato o ganho territorial, mas sim a exaustão das forças ucranianas Reprodução/Record News

A Rússia ou a adotar uma nova estratégia de combate contra as forças da Ucrânia, conhecida pelas tropas de Kiev como “estrangulamento triplo”. A tática, revelada em reportagem do The Telegraph, reflete um avanço na coordenação entre os diferentes ramos militares russos e tem como objetivo desgastar sistematicamente as linhas de defesa ucranianas.

Na madrugada de segunda-feira (26), a nova tática do Kremlin foi acompanhada do maior ataque aéreo da guerra até agora, com 367 drones e mísseis lançados em uma única noite em diversas regiões da Ucrânia, deixando ao menos 12 mortos e dezenas de feridos, segundo autoridades locais.

Como funciona a estratégia russa?

O “estrangulamento” é executado em três fases distintas. Primeiro, unidades de assalto russas avançam para forçar as tropas ucranianas a recuar de suas posições iniciais. Na sequência, drones entram em ação para isolar o campo de batalha, atacando soldados que ficam expostos durante a retirada.

Por fim, quando os militares ucranianos se abrigam em posições fortificadas, essas defesas são alvejadas por bombas planadoras guiadas, um armamento de alta precisão capaz de detonar trincheiras e bunkers com grande poder de destruição.


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“Cavar trincheiras e todas essas medidas de proteção são excelentes para reduzir perdas causadas por artilharia ou drones FPV, mas as bombas planadoras destroem essas fortificações e enterram quem estiver dentro”, explicou Nick Reynolds, pesquisador do Royal United Services Institute, em entrevista ao The Telegraph.

A tática força os soldados ucranianos a uma escolha cruel, segundo autoridades militares do país. Manter a posição e enfrentar bombardeios cada vez mais precisos ou se movimentar e correr o risco de serem alvejados por drones.


Qual o objetivo central?

A estratégia não tem como foco imediato o ganho territorial, mas sim a exaustão das forças ucranianas. Segundo Serhii Kuzan, presidente do Centro Ucraniano de Segurança e Cooperação, os combates em cidades como Pokrovsk têm ocorrido em intervalos de apenas duas horas. “Isso é, claro, exaustivo para nossos soldados”, afirmou.

Esse tipo de pressão tática vem se somando a ataques de larga escala. Segundo a Força Aérea da Ucrânia, 266 drones e 45 mísseis foram interceptados na segunda (26), mas os que conseguiram ar provocaram destruição significativa, sobretudo em Kiev.


“Esse foi um ataque combinado e implacável contra civis. O inimigo mais uma vez mostrou que seu objetivo é o medo e a morte”, disse o ministro do Interior Ihor Klymenko.

Diante da escalada, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, cobrou uma resposta mais firme do Ocidente, especialmente dos Estados Unidos, que busca mediar um cessar-fogo entre os países. “O silêncio dos Estados Unidos e o silêncio de outras pessoas no mundo apenas encorajam Putin”, escreveu em sua conta no Telegram.

Enquanto o desgaste militar aumenta, autoridades ucranianas também alertam para uma nova concentração de forças russas próximo à fronteira com a região de Kharkiv, o que pode indicar a preparação para novas ofensivas em grande escala.

A Ucrânia e seus aliados europeus têm procurado pressionar Moscou a um cessar-fogo de 30 dias como primeiro o para negociar o fim da guerra de três anos. Os esforços de paz, entretanto, sofreram um golpe no início desta semana, quando Trump se recusou a impor mais sanções a Moscou por não concordar com uma pausa imediata nos combates, como Kiev queria.

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