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Entenda a ‘taxa das blusinhas’ de Donald Trump que entrou em vigor nos EUA

Governo americano colocou um fim à isenção de tributos sobre produtos de qualquer valor vindos da China

Internacional|Do R7

Trump classificou o antigo sistema como “um grande golpe contra os Estados Unidos” Flickr The White House - 5/04/2025

Uma mudança significativa na política comercial dos Estados Unidos entrou em vigor na sexta-feira (2) e promete impactar diretamente milhões de consumidores americanos que costumam comprar produtos em sites chineses como Shein, Temu e AliExpress.

Trata-se de um tipo de “taxas das blusinhas” que foi aprovada no Brasil após pressão do varejo nacional e ou a cobrar 20% de taxa sobre itens de até US$ 50.

Lá nos Estados Unidos, o que ocorreu foi o fim da chamada “de minimis exemption”, uma regra que, desde 2016, permitia a entrada de pacotes de até US$ 800 no país sem a cobrança de tarifas alfandegárias. Com o fim da isenção, essas compras am a ser tarifadas com alíquotas que podem chegar a 145%.

A isenção facilitava o comércio online, especialmente de produtos de baixo custo fabricados na China. A regra permitia a entrada de até 4 milhões de pacotes por dia sem pagamento de imposto, o que estimulava a venda de roupas, eletrônicos, utensílios domésticos e outros itens a preços extremamente baixos.


Segundo o novo modelo, encomendas vindas da China e Hong Kong enviadas por transportadoras privadas como UPS, FedEx e DHL serão taxadas com uma tarifa-base de 145%, além de tarifas adicionais conforme o tipo de produto. Já os pacotes enviados pelo serviço postal (USPS) estão sujeitos a uma tarifa de 120% ou a uma taxa fixa de US$ 100 por remessa — valor que será elevado para US$ 200 a partir de 1º de junho.

A medida foi determinada pelo ex-presidente Donald Trump, que classificou o antigo sistema como “um grande golpe contra os Estados Unidos”, alegando que ele prejudicava pequenas empresas americanas e facilitava a concorrência desleal de produtos chineses.


A decisão também é parte de uma estratégia política mais ampla de enfrentamento à China no campo comercial.

Para os consumidores, o impacto será imediato e visível. Muitos usuários já relatam que cestas de compras em plataformas como Temu foram esvaziadas ou se tornaram significativamente mais caras. As empresas, por sua vez, tentam se adaptar: a Shein incluiu os custos tarifários nos preços exibidos aos clientes, enquanto a Temu está reformulando seu modelo para incentivar vendedores locais nos Estados Unidos.


Especialistas alertam que a mudança afetará especialmente consumidores de baixa renda. Um estudo de Yale e UCLA mostrou que 48% das encomendas isentas de tarifa eram destinadas aos CEPs mais pobres dos EUA, o que indica que os mais vulneráveis economicamente devem sentir os maiores efeitos.

Além do aumento de preços, o fim da isenção também deve causar atrasos nas entregas. Com o volume de pacotes sujeitos à fiscalização subindo drasticamente, empresas de logística como DHL e FedEx já ampliaram suas equipes, mas analistas duvidam que a alfândega americana tenha capacidade suficiente para evitar gargalos operacionais.

Com a nova regra em vigor, empresas americanas que produzem localmente podem se beneficiar da redução na concorrência com produtos baratos da China. No entanto, para o consumidor médio, a realidade será de menos opções, mais burocracia, entregas mais lentas e preços mais altos.


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