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Empresa vai à falência após investidores descobrirem que IA era, na verdade, 700 humanos

Startup que valia US$ 1,5 bilhão encerra atividades depois de fraude envolvendo trabalho de centenas de engenheiros na Índia

Internacional|Do R7

Builder.ai prometia revolucionar a criação de aplicativos Reprodução/X/harsh_dwivedi7

A Builder.ai, startup londrina que prometia revolucionar a criação de aplicativos com inteligência artificial, declarou falência após a revelação de que seu sistema de redes neurais era, na verdade, uma equipe de mais de 700 engenheiros baseados na Índia.

Avaliada em US$ 1,5 bilhão e apoiada por um investimento de US$ 455 milhões da Microsoft, a empresa sustentou por oito anos a fachada de tecnologia avançada enquanto utilizava trabalho manual para entregar seus serviços.

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A plataforma “Natasha”, divulgada como uma assistente de IA capaz de projetar e programar apps em tempo recorde, foi desmascarada quando investidores e autoridades constataram que os pedidos dos clientes eram reados a desenvolvedores humanos, que escreviam código sem o uso de inteligência artificial real. Documentos indicam que a Builder.ai chegou a inflar números de vendas por meio de transações falsas com a startup indiana VerSe, acusação negada pela parceira.



O fundador e então CEO da Builder.ia, Sachin Dev Duggal, deixou o cargo em fevereiro de 2025, pouco antes do colapso da empresa. Seu sucessor, Manpreet Ratia, relatou que o negócio insustentável após credores retirarem US$ 37 milhões de suas contas, deixando a empresa com apenas US$ 5 milhões em fundos s.



Além da perda de apoio financeiro, a Builder.ai enfrentou investigações por suspeitas de manipulação contábil e viu suas projeções de receita despencarem, com um faturamento real em 2024 quatro vezes menor que o anunciado. Essas inconsistências também levaram a questionamentos jurídicos, incluindo pedidos de informações por promotores nos Estados Unidos.



O colapso da Builder.ai também afetou cerca de mil funcionários, que perderam seus empregos após a nomeação de es para conduzir o processo de insolvência. A empresa atuava em diversos países, incluindo Reino Unido, Estados Unidos, Emirados Árabes Unidos, Cingapura e Índia, e a paralisação das operações nessas regiões gerou impacto internacional.


O caso expôs ainda a fragilidade do mercado de startups de IA, onde o entusiasmo por tecnologias disruptivas pode mascarar falta de transparência e práticas comerciais duvidosas. Especialistas do setor apontam que o fenômeno não é isolado e representa um desafio crescente para investidores, reguladores e consumidores.


A trajetória da Builder.ai começou em 2016 com grande expectativa, impulsionada pela promessa de tornar a criação de software tão simples quanto pedir uma pizza. Duggal chegou a ser reconhecido como um empreendedor inovador e recebeu prêmios de destaque, mas logo surgiram dúvidas sobre a viabilidade técnica e comercial do modelo apresentado.


Em meio a processos judiciais e investigações, Duggal também enfrenta questões legais relacionadas a outro caso na Índia, envolvendo a investigação de fraude em um grupo empresarial.


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