:root { --editorial-color: #556373; } body { writing-mode: horizontal-tb; font-family: var(--font-family-primary, sans-serif), sans-serif; }
Logo R7.com
Logo do PlayPlus

Coreia do Norte está na ‘posição estratégica mais forte em décadas’, diz Inteligência dos EUA

Relatório aponta que regime de Kim Jong-un avança em capacidades nucleares e de mísseis, representando ameaça ao Ocidente

Internacional|Do R7

Militares da Coreia do Norte se apresentam ao líder Kim Jong-un, em foto divulgada pela agência norte-coreana KCNA em março de 2024 Divulgação/KCNA (Agência Central de Notícias Coreana)

A Coreia do Norte alcançou sua posição estratégica mais forte em décadas, disse o Relatório de Avaliação de Ameaças Mundiais, divulgado em maio deste ano pela Agência de Inteligência de Defesa dos Estados Unidos.

Sob o comando de Kim Jong-un, os norte-coreanos têm exibido uma crescente confiança na “segurança de seu regime”. Isso porque o país possui meios militares capazes de ameaçar as forças norte-americanas, até mesmo no território continental dos EUA, segundo o documento.

Leia mais

O Exército Popular Coreano (KPA) é descrito como capaz de sustentar uma defesa prolongada do território norte-coreano, podendo infligir danos severos a adversários com armas convencionais, biológicas, químicas e nucleares.

Com mais de 1 milhão de militares na ativa e cerca de 7 milhões em reservas e forças paramilitares, a Coreia do Norte segue como uma das nações mais militarizadas do mundo.


No entanto, a deterioração da infraestrutura industrial e as limitações de recursos dificultam a modernização das forças convencionais do país, que estão envelhecidas, de acordo com o relatório.

Coreia do Sul, Rússia e China

As Forças de Operações Especiais (SOF) do KPA, altamente treinadas e equipadas, têm plena capacidade de se infiltrar na Coreia do Sul. O envio dessas forças à Rússia, segundo o relatório, permitirá à Coreia do Norte incorporar lições aprendidas em treinamentos futuros.


Já a Força Estratégica do KPA, responsável pelos mísseis armados nuclearmente, opera mísseis balísticos e de cruzeiro que ameaçam os EUA, suas forças no Indo-Pacífico e também aliados.

O país continua adquirindo ilegalmente componentes para seu programa de mísseis, frequentemente em colaboração com cidadãos chineses e russos, e exporta tecnologia de mísseis balísticos para nações como a Rússia, que os utilizou no conflito na Ucrânia.


Em 2024, a Coreia do Norte realizou o lançamento bem-sucedido de um míssil balístico intercontinental (ICBM) de propelente sólido, o maior de seu tipo, e executou o maior lançamento simultâneo de sua história, disparando 18 mísseis balísticos de curto alcance.

Esses avanços sinalizam progresso em direção à meta de modernização de defesa do país, que busca fortalecer sua dissuasão contra os Estados Unidos com novos sistemas de mísseis projetados para atingir alvos norte-americanos na região e no continente.

Potência nuclear

O relatório também diz que o programa de armas nucleares da Coreia do Norte avança, com a produção em massa de plutônio e urânio altamente enriquecido para aumentar o arsenal do país.

Em 2021, Kim Jong-un anunciou um plano de defesa de cinco anos, com foco no desenvolvimento de armas nucleares táticas, incluindo ogivas menores, mais leves e de grande escala.

Dois anos depois, a exibição pública de sistemas de armas nucleares, que Kim afirmou serem compatíveis com os mísseis balísticos do país, foi interpretada como uma demonstração de progresso nesse plano.

O país também restaurou seu local de testes nucleares e está preparado para realizar seu sétimo teste nuclear a qualquer momento.

Além disso, o relatório indica que a Coreia do Norte provavelmente possui um programa de guerra biológica e tem capacidade de produzir agentes químicos, como gases neurotóxicos, vesicantes, hematológicos e asfixiantes.

Guerras espacial e cibernética

No final de 2023, a Coreia do Norte realizou o único lançamento bem-sucedido de um veículo lançador espacial (SLV), colocando seu único satélite operacional em órbita terrestre baixa.

Após o feito, o país ameaçou destruir satélites espiões norte-americanos, caso os EUA “tentassem violar o território legítimo” norte-coreano, referindo-se ao seu programa de satélites.

Os mísseis balísticos e SLVs do país poderiam ser usados como plataformas antissatélite em um conflito, visando satélites dos EUA e de aliados. A Coreia do Norte também recebeu uma oferta da Rússia para apoiar seu programa espacial, incluindo SLVs, satélites e treinamentos.

No campo cibernético, a Coreia do Norte mantém capacidades ofensivas para gerar receita por meio de atividades criminosas, como roubo de criptomoedas, ransomware e ataques contratados.

Além disso, o país expandiu suas ações para incluir espionagem cibernética global contra autoridades estrangeiras, acadêmicos e indústrias de defesa e aeroespaciais, provavelmente para obter informações sobre capacidades e políticas de adversários e apoiar o desenvolvimento de suas próprias armas. Esses ciberataques frequentemente envolvem colaborações com criminosos estrangeiros.

Fique por dentro das principais notícias do dia no Brasil e no mundo. Siga o canal do R7, o portal de notícias da Record, no WhatsApp

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.