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Conheça o laboratório secreto onde os EUA podem retomar os testes nucleares

Instalações no deserto de Las Vegas utilizam explosivos convencionais para recriar os efeitos de uma bomba atômica

Internacional|Do R7

A instalação fica a 300 metros abaixo do solo e é composta por uma rede de túneis reforçados
A instalação fica a 300 metros abaixo do solo e é composta por uma rede de túneis reforçados Nevada National Security Site

No deserto de Nevada, um complexo subterrâneo altamente protegido mantém em funcionamento parte do programa nuclear dos Estados Unidos. Conhecido como U1a, o local é usado para experimentos que simulam explosões atômicas sem a necessidade de detonações reais. O objetivo é garantir que o arsenal nuclear do país continue operacional sem a realização de testes completos.

O laboratório, situado a cerca de 100 quilômetros de Las Vegas, é operado pelo Departamento de Energia dos EUA, em parceria com instituições de pesquisa e empresas privadas. Medidas de segurança rigorosas protegem as instalações, que contam com controle de o e monitoramento contínuo.

A instalação fica a 300 metros abaixo do solo e é composta por uma rede de túneis reforçados. No centro do complexo, câmeras de altíssima velocidade registram experimentos que envolvem pequenas amostras de plutônio submetidas a condições extremas. “Isso nos permite entender o comportamento do material nuclear sem precisar de um teste completo”, afirmou um cientista que trabalha no local à rádio pública NPR, dos EUA.

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Os testes utilizam explosivos convencionais para recriar, em menor escala, os efeitos de uma detonação nuclear. O laboratório também conta com sensores avançados que analisam cada detalhe dos experimentos. “A tecnologia aqui nos dá respostas precisas sobre a confiabilidade das armas sem a necessidade de explosões reais”, disse outro pesquisador envolvido no programa.


De acordo com a última estimativa, feita em 2023, os Estados Unidos mantêm 3.708 ogivas nucleares ativas. O país foi o primeiro a usar armas nucleares em combate e a desenvolver a fissão nuclear. O relatório, elaborado pela Campanha Internacional para Abolir as Armas Nucleares, afirma que os EUA gastam anualmente cerca de US$ 51 bilhões para manter o programa de desenvolvimento nuclear.

Entre os gastos bilionários, a segurança é um dos principais focos do U1a. Barreiras de concreto, sistemas de ventilação e protocolos rígidos impedem a dispersão de partículas radioativas. Apenas funcionários autorizados têm o às áreas mais sensíveis, e cada experimento a por um planejamento rigoroso para evitar qualquer risco de contaminação.


Desde 1992, os Estados Unidos não realizam um teste nuclear completo, mas o laboratório mantém a estrutura necessária para uma possível retomada. O local a por atualizações constantes para acompanhar o avanço das tecnologias militares e garantir que o programa nuclear esteja sempre ativo.

Apesar do sigilo, algumas informações sobre o U1a foram divulgadas ao longo dos anos, especialmente em documentos orçamentários do governo. Os investimentos na instalação continuam, e novos equipamentos estão sendo adicionados para expandir sua capacidade de experimentação.


Atualmente, estão sendo construídos novos maquinários no laboratório subterrâneo, destinados a abrigar dois equipamentos de alta tecnologia: a máquina Scorpius, usada em fontes e detectores avançados, e a ZEUS (Z-Pinched Experimental Underground System), projetada para experimentos críticos e diagnóstico de nêutrons.

O complexo segue operando sem interrupções, garantindo que os Estados Unidos possam monitorar e atualizar seu arsenal sem a necessidade de testes explosivos. Enquanto a política nuclear do país não muda, o U1a continua funcionando no subterrâneo do deserto, longe dos olhos do público.

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