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Cientistas encontram 1ª evidência física de combate entre homens e animais na era romana

Esqueleto com marcas de mordida de leão, encontrado em York, na Inglaterra, confirma embates no Império Romano

Internacional|Do R7

Esqueleto com marcas de mordida de leão confirma embates entre homens e animais no Império Romano Divulgação/Tim Thompson

Arqueólogos descobriram em York, na Inglaterra, o que pode ser a primeira evidência física de combates entre gladiadores e animais no Império Romano, segundo estudos publicados na revista científica PLOS One nesta quarta-feira (23).

Um esqueleto de um homem, com idade entre 26 e 35 anos, foi encontrado com marcas de mordida de um grande felino, provavelmente um leão, na pélvis. A descoberta foi feita no cemitério de Driffield Terrace, considerado um local de sepultamento de gladiadores.

O esqueleto, datado de aproximadamente 1.825 a 1.725 anos atrás, apresenta buracos na pélvis que foram analisados por meio de escaneamentos tridimensionais. Comparações com mordidas de outros carnívoros confirmaram que as marcas foram causadas possivelmente por um leão.

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A análise também indica que o homem, provavelmente um bestiarius – nome dado aos gladiadores que enfrentavam feras na era romana), participou de espetáculos de combate em arenas.


“Esta é a primeira evidência física direta de que tais eventos ocorreram, remodelando nossa percepção da cultura de entretenimento romana”, disse em um comunicado Tim Thompson, antropólogo da Universidade Maynooth, na Irlanda, e principal autor do estudo.

Cemitério de gladiadores

As escavações em Driffield Terrace começaram há mais de 20 anos e, desde então, já revelaram cerca de 80 esqueletos, muitos decapitados e com sinais de violência, o que sugere que o local era um cemitério de gladiadores.


O esqueleto com marcas de mordida foi enterrado com outros dois e coberto por ossos de cavalo, um ritual incomum. A análise das marcas exigiu colaboração com zoológicos britânicos, que forneceram ossos mastigados por grandes felinos para comparação.

“A pélvis é uma área incomum para uma mordida fatal. É provável que o homem tenha sido incapacitado e arrastado pelo animal”, disse Thompson ao jornal britânico The Guardian.


Relevo em mármore mostra imagem de combate entre gladiador e leão Divulgação/Museu Britânico

York, então chamada Eboracum, era uma fortaleza romana fundada em 71 d.C. e um importante centro político e militar. A presença de grandes felinos, possivelmente importados da África, sugere que arenas de gladiadores existiam até o século 4, mesmo em regiões distantes de Roma.

Os restos mortais também revelam detalhes sobre a vida do homem. Análises indicaram que ele superou desnutrição na infância, mas sofreu com problemas na coluna e inflamação nos pulmões e coxas, possivelmente devido ao treinamento rigoroso.

A mordida do leão não cicatrizou, sugerindo que causou ou contribuiu para sua morte, seguida de uma decapitação póstuma, que poderia ser um rito fúnebre ou um ato de misericórdia, de acordo com pesquisadores ouvidos pela rede norte-americana CNN.

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