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Cientistas descobrem cidade escondida de 140 mil anos no fundo do oceano

Arqueólogos encontram fósseis de Homo erectus e 6.000 restos de animais em um vale submerso na Indonésia

Internacional|Do R7

Arqueólogos encontram fósseis de Homo erectus e 6.000 restos de animais em um vale submerso na Indonésia Divulgação/Universidade de Leiden

Uma equipe internacional de arqueólogos fez uma descoberta histórica no Estreito de Madura, entre as ilhas de Java e Madura, na Indonésia: um sítio arqueológico submerso com 6.000 fósseis de 36 espécies de animais e dois fragmentos de crânio de Homo erectus, um ancestral humano, datados de aproximadamente 140 mil anos.

Uma pesquisa sobre a descoberta, publicada no último dia 15 no periódico Quaternary Environments and Humans, oferece uma visão única sobre a Sundalândia, uma vasta planície que, no ado, conectava o Sudeste Asiático.

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Os fósseis, encontrados por mineradores de areia marítima em 2011, mas analisados em detalhes nos últimos cinco anos, incluem restos de dragões-de-komodo, búfalos, veados, elefantes e estegodontes, ancestrais de elefantes modernos que podiam pesar mais de 10 toneladas.

Marcas de corte propositais em ossos de tartarugas aquáticas e bovídeos sugerem que os primeiros humanos da região praticavam caça estratégica e consumiam medula óssea, indicando um comportamento sofisticado.


Segundo Harold Berghuis, arqueólogo da Universidade de Leiden, na Holanda, que liderou a pesquisa em colaboração com especialistas da Indonésia, Austrália, Alemanha e Japão, os achados revelam que o Homo erectus se dispersava pelas terras baixas de Sundalândia durante períodos de nível do mar mais baixo, há cerca de 162 mil a 119 mil anos.

“Aqui eles tinham água, mariscos, peixes, plantas comestíveis, sementes e frutas o ano todo”, explica Berghuis. A presença de marcas de corte em ossos de bovídeos saudáveis sugere que esses hominídeos caçavam ativamente, uma prática possivelmente influenciada por contatos com outras populações humanas da Ásia.


Sítio arqueológico

O sítio, localizado perto de Surabaya, é o primeiro no fundo do mar em Sundalândia a conter fósseis de hominídeos. Ele revela um ecossistema fluvial próspero no final do Pleistoceno Médio, com florestas e pastagens que sustentavam uma rica biodiversidade.

A Sundalândia, submersa entre 14.000 e 7.000 anos atrás devido ao derretimento de geleiras, era uma savana semelhante à africana, com rios que abrigavam elefantes, rinocerontes, crocodilos e espécies hoje extintas ou ameaçadas, como o hipopótamo asiático e tubarões-de-rio.


Os fósseis estão abrigados no Museu Geológico de Bandung, na Indonésia, que planeja uma exposição permanente, com mostras temporárias previstas para outros locais. “Essas descobertas são verdadeiramente únicas, pois vêm de um vale fluvial submerso, preenchido com areia ao longo do tempo”, destaca Berghuis.

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