Ataque terrorista em Caxemira é registrado por turista em tirolesa; veja vídeo

Um ataque terrorista na região montanhosa de Pahalgam, em Jammu e Caxemira, norte da Índia, deixou pelo menos 26 mortos na última terça-feira (22). A ação foi reivindicada por um grupo separatista que defende a independência da Caxemira ou sua fusão com o Paquistão. Em meio ao caos, um turista indiano registrou, sem saber, os momentos iniciais do atentado enquanto fazia um eio de tirolesa na região.

O vídeo, gravado por Rishi Bhatt, mostra o turista sorridente durante a travessia aérea. Pouco depois, é possível ouvir disparos e ver pessoas correndo em pânico no chão. As imagens viralizaram nas redes sociais e foram divulgadas por veículos da imprensa local.

“Sou muito grato ao Exército indiano, que chegou ao local em cerca de 20 a 25 minutos”, disse Bhatt ao jornal ANI News. Segundo autoridades indianas, a resposta rápida das forças de segurança impediu um número ainda maior de vítimas.

De acordo com testemunhas, os militantes saíram de uma área de floresta próxima a um campo aberto e abriram fogo contra civis. Um guia turístico relatou à agência AFP que chegou à área ao ouvir os tiros e ajudou a transportar feridos a cavalo. “Vi alguns homens deitados no chão, parecendo mortos”, disse o guia Waheed, que forneceu apenas o primeiro nome.

Outra testemunha, que pediu anonimato, descreveu o ataque como brutal. “Os militantes poupavam as mulheres, mas atiravam nos homens — às vezes com um único tiro, às vezes com vários. Foi uma cena de desespero. Todos corriam gritando, tentamos ajudar como podíamos.”

O ataque ocorreu um dia após o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, se encontrar com o vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance.

Modi condenou o atentado, classificando-o como um “ato hediondo”, e prometeu justiça. Vance também prestou condolências às vítimas do ataque.

A região da Caxemira é disputada há décadas por Índia e Paquistão, que controlam partes do território e o reivindicam integralmente.

Desde 1989, insurgentes separatistas promovem ataques em busca de independência ou união com o Paquistão. Apesar de a autoria do atentado desta semana ter sido reivindicada por um grupo separatista, autoridades ainda investigam a identidade dos responsáveis.

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