Gastos de brasileiros no exterior têm maior nível para julho em 4 anos
BC revela que viajantes deixaram US$ 1,38 bilhão no exterior no mês ado, volume que se aproxima de patamar pré-pandemia
Economia|Johnny Negreiros, do R7*
Os turistas brasileiros desembolsaram US$ 1,38 bilhão (o equivalente a R$ 6,8 bilhões) no exterior em julho de 2023, o maior patamar para o mês desde 2019. Os dados constam do Relatório de Estatísticas do Setor Externo, do BC (Banco Central), divulgado nesta sexta-feira (25).
Antes disso, o melhor nível para julho pertencia ao do ano de 2019, quando os brasileiros deixaram US$ 1,9 bilhão (R$ 9,5 bilhões) em outros países.
O mesmo vale para as despesas de estrangeiros no Brasil. Em julho deste ano, os gastos foram de US$ 566 milhões, ou R$ 2,8 bilhões. Trata-se do maior patamar desde julho de 2019, quando o nível foi de U$ 598,1 milhões (o correspondente a R$ 2,9 bilhões).
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De janeiro a julho
Ao longo dos primeiros sete meses deste ano, os gastos de brasileiros em outros países foi de US$ 8,4 bilhões (o equivalente a R$ 42,3 bilhões). Já as despesas de estrangeiros em território nacional foi de aproximadamente US$ 3,8 (R$ 19 bilhões).
Apesar do avanço no indicador para o mês, ele ainda não superou o patamar pré-pandemia. Em julho de 2019, a estatística totalizou US$ 1,9 bilhão, o que equivale a R$ 9,5 bilhões.
Cabe ressaltar que, ao longo dos últimos três anos, o mercado de viagens foi duramente afetado pela pandemia do coronavírus.
No ano ado, marcado pelo arrefecimento da doença, os gastos dos brasileiros com viagens internacionais totalizaram R$ 57,85 bilhões (US$ 12,18 bilhões), valor 132% maior do que o de 2021.
A oscilação do dólar também ajuda a explicar os resultados. A cotação da moeda fechou o ano ado com a primeira queda anual desde 2016. A variação negativa de 5,34% fez com que a moeda americana custasse R$ 5,28 no fim de 2022. Até o mês ado, a unidade monetária era cotada a R$ 4,75, menor valor desde abril de 2022.
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Somente em agosto o dólar voltou a ultraar a marca dos R$ 4,90, aproximando-se novamente dos R$ 5, patamar que predominou a cotação nos últimos anos.
*Sob a supervisão de Raphael Hakime
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