Brasileiros já pagaram R$ 2 trilhões em impostos, diz Impostômetro
Marca foi atingida 40 dias mais cedo em comparação com 2023 devido ao crescimento da atividade econômica neste ano no país
Economia|Do R7, em Brasília

O Impostômetro atingiu nesse domingo a marca de R$ 2 trilhões de tributos pagos em 2024. O é mantido pela ACSP (Associação Comercial de São Paulo) e computa os valores pagos aos governos federal, estadual e municipal desde o início do ano. A marca foi atingida 40 dias mais cedo em comparação ao ano ado. O economista e membro da ACSP, Ruiz de Gamboa atribui esse aumento ao crescimento da atividade econômica e ao aumento dos preços.
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Segundo ele, o sistema tributário brasileiro taxa “excessivamente o consumo” e, à medida em que os preços dos bens e serviços aumentam, a arrecadação também cresce. “Além disso, a elevação da atividade econômica tem um impacto positivo na arrecadação. Se esses dois fatores continuarem ocorrendo, que é o mais provável, a gente vai continuar tendo antecipação desse resultado de R$ 2 trilhões”, completa.
De acordo com dados da ACSP, o Impostômetro atingiu, pela primeira vez, a marca de R$ 2 trilhões em impostos somente em 9 de dezembro de 2015. Em julho daquele ano, o Impostômetro registrava R$ 1,1 trilhão em impostos pagos pelos brasileiros. Ou seja, um crescimento acumulado de 82%, se fizermos a comparação do mesmo período há 9 anos.
Reforma Tributária
A proposta que regulamenta a Reforma Tributária, aprovada em 2023, está em discussão no Senado. O relator da proposta, Eduardo Braga (MDB-AM), planeja alterar o texto aprovado na Câmara dos Deputados, incluindo a revisão do regime da Zona Franca de Manaus.
Em um de seus primeiros pronunciamentos como relator da proposta, o senador amazonense destacou a necessidade de encontrar soluções para a manutenção do modelo econômico do Amazonas, “sob pena de perdermos investimentos e empregos”.
Aprovação na Câmara
Após diversas modificações, a Câmara dos Deputados aprovou em 10 de julho o texto da regulamentação da reforma tributária com o detalhamento de como será o processo de transição do sistema tributário e a implementação do IVA (Imposto sobre Valor Agregado), que incidirá sobre produtos e serviços. Entre outros itens, a proposta prevê carne bovina e de frango na cesta básica isenta de impostos e uma “trava” para prevenir o aumento da carga tributária futuramente. O projeto agora será enviado ao Senado, onde ará por uma nova rodada de debates.
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