STF já tornou réus 14 envolvidos em tentativa de golpe de Estado
Denúncias são apresentadas pela Procuradoria-Geral da República e acusados foram divididos em núcleos de atuação
Brasília|Gabriela Coelho e Victoria Lacerda, do R7, em Brasília

O STF (Supremo Tribunal Federal) já tornou 14 investigados réus por participação em uma tentativa de golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e manter Jair Bolsonaro no poder de forma ilegítima após as eleições de 2022.
As denúncias foram apresentadas pela PGR (Procuradoria-Geral da República) e divididas em núcleos. Os oito primeiros réus pertencem ao chamado “núcleo 1”, composto por Jair Bolsonaro, ex-ministros, militares e assessores próximos ao ex-presidente. Já a análise da denúncia contra o “núcleo 2”, com mais seis nomes, foi finalizada nesta terça-feira (22), pela Primeira Turma do STF.
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Veja abaixo os réus divididos por núcleos:
Réus do núcleo 1:
- Jair Messias Bolsonaro - ex-presidente da República;
- Alexandre Ramagem – ex-diretor-geral da Abin e atual deputado federal;
- Almir Garnier – almirante e ex-comandante da Marinha;
- Anderson Torres – ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do DF;
- Augusto Heleno – general da reserva e ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
- Mauro Cid – tenente-coronel e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;
- Paulo Sérgio Nogueira – general e ex-ministro da Defesa;
- Walter Braga Netto – general da reserva, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, e vice de Bolsonaro nas eleições de 2022.
Denunciados do núcleo 2:
- Fernando de Sousa Oliveira – delegado da Polícia Federal, ex-secretário-adjunto de Segurança Pública do DF;
- Filipe Martins – ex-assessor de Assuntos Internacionais da Presidência;
- Marcelo Câmara – coronel da reserva do Exército e ex-assessor da Presidência;
- Marília Ferreira de Alencar – delegada da PF, ex-diretora de planejamento da Secretaria de Segurança Pública do DF;
- Mário Fernandes – general da reserva, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência;
- Silvinei Vasques – ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Crimes apontados pela PGR
A Procuradoria-Geral da República acusa os dois grupos de planejar e executar atos para frustrar o resultado eleitoral e impedir a transição democrática de poder. As acusações incluem:
- Liderança de organização criminosa armada;
- Abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
- Tentativa de golpe de Estado;
- Dano qualificado por violência e grave ameaça contra o patrimônio da União;
- Deterioração de patrimônio tombado.
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