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R7 Brasília

PF não recebeu ordem para golpe ou vigilância nas eleições, dizem ex-diretores

Testemunhas prestaram depoimento ao STF nesta terça-feira em favor do ex-ministro da Justiça Anderson Torres

Brasília|Gabriela Coelho e Giovana Cardoso, do R7, em Brasília

Alessandro Moretti e Márcio Nunes de Oliveira
Depoimentos de Alessandro Moretti e Márcio Nunes ocorreram nesta terça-feira Montagem - Tânia Rêgo/Agência Brasil - 4.12.2023 e Valter Campanato/Agência Brasil - 29.6.2022

Em depoimento ao STF (Supremo Tribunal Federal) nesta terça-feira (27), o ex-diretor de inteligência da Polícia Federal Alessandro Moretti e o ex-diretor-geral da corporação Márcio Nunes negaram ter recebido ordens para seguir um plano de golpe de Estado ou fazer um “policiamento direcionado” durante as eleições de 2022. Ambos prestaram depoimento como testemunha de defesa do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Anderson Torres na ação que julga o chamado núcleo 1 de réus por tentativa de golpe de Estado.

Segundo Nunes, em nenhum momento Torres “insinuou ou falou algo sobre ruptura ou ações antidemocráticas”. “Nunca nada foi apresentado sobre isso”, disse o ex-diretor-geral da Polícia Federal.

“Nunca ouvi e recebi orientação que não fosse institucional. Eu sou delegado há 26 anos, sempre fui cuidadoso na colheita de depoimentos. Temos que separar fatos que tive ciência e fatos que ouvi depois. Nunca ouvi nenhuma palavra sobre direcionamento ou qualquer tipo de atividade de ilicitude”, acrescentou Moretti.

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“Participei de algumas reuniões, algumas com muitas, outras com poucas pessoas. Especificamente em relação a datas, não me recordo. Nunca ouvi essa expressão: ‘Policiamento direcionado’. As orientações eram de fazer policiamento ostensivo. Nas eleições, usamos grande parte do nosso pessoal”, completou.


Depois de ter exercido o posto de diretor de inteligência da PF, Moretti foi nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em março de 2023 para o cargo de diretor-adjunto da Abin. Ele ficou no posto até janeiro de 2024.

Outros depoimentos

A corte também ouviu nesta terça Marcos Paulo Cardoso, delegado da Polícia Federal e amigo de Torres.


No depoimento, assim como Moretti, ele afirmou que não houve “policiamento direcionado” contra eleitores do então candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva no segundo turno das eleições de 2022.

“Não houve nada para coibir em detrimento de A ou B. Não era para interferir no pleito, ele [Torres] sempre se referia para reprimir praticas eleitorais ilícitas”, disse Cardoso.


“O ministro foi enfático em dizer que: ‘Não quero que se persiga A ou B’. A ideia era coibir a prática de crimes eleitorais”, concluiu.

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