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R7 Brasília

Moraes alerta testemunhas a evitar opiniões e focar os fatos após ameaça de prisão a Rebelo

Durante depoimento no STF, ex-ministro da Defesa foi repreendido por Moraes, que disse que podeira prendê-lo por desacato

Brasília|Do R7

Fala do ministro foi feita no início da oitiva das testemunhas Fellipe Sampaio /STF

Ao iniciar os depoimentos desta segunda-feira (26) na ação penal que apura uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes alertou as testemunhas que evitem dar interpretações e opiniões pessoais, devendo se “ater aos fatos”. A fala ocorreu após o embate que ele teve com o ex-ministro da Defesa Aldo Rebelo, no depoimento do último dia 23, quando Moraes ameaçou prendê-lo por desacato.

“As testemunhas, salvo, obviamente, quando arroladas como perito técnico, as testemunhas, elas não devem dar suas interpretações pessoais, suas opiniões pessoais: ‘Eu acho que’, ‘Eu vi que’, ‘Talvez fosse’. Então, para evitarmos a necessidade de interrupções, é solícito tanto à Procuradora-Geral quanto a todas as defesas que permaneçamos na análise dos fatos”, comentou.

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Confusão com Rebelo

Rebelo foi repreendido por Moraes depois de ser questionado sobre uma declaração atribuída a um militar de que o ex-comandante da Marinha Almir Garnier teria colocado as tropas da força à disposição do ex-presidente Jair Bolsonaro para um eventual golpe de Estado.

Segundo Rebelo, a suposta fala de Garnier teria sido “força de expressão” e não poderia ser levada a sério. “É preciso levar em conta que, na língua portuguesa, nós conhecemos aquilo que se usa muitas vezes, que é a força da expressão. A força da expressão nunca pode ser tomada literalmente”, comentou.


Na sequência, Moraes perguntou se Rebelo estava presente na reunião em que Garnier teria feito a afirmação. Rebelo negou, e então o ministro do STF disse que já que não estava presente, ele não poderia avaliar a língua portuguesa do almirante. “Atenha-se aos fatos”, completou.

Rebelo respondeu a Moraes que “a minha apreciação da língua portuguesa é minha, e eu não ito censura na minha apreciação”.


Com isso, ele foi advertido pelo ministro, que disse que Rebelo precisava se comportar, ou seria preso por desacato. O momento tenso continuou, e Rebelo disse estar se comportando e questionou se o ministro iria permitir que ele continuasse o raciocínio.

Moraes, então, ressaltou que a testemunha precisava se ater aos fatos, sem fazer juízo de valor. “Tem toda a liberdade para fazer a resposta fática”, completou.

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