Líder do PT diz que medida alternativa ao IOF pode ser apresentada nesta semana
Lindbergh também prevê ‘polêmica’ aos pontos defendidos por Haddad, como na isenção de títulos e aumento tributário em bets
Brasília|Lis Cappi, do R7, em Brasília

O líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (SP), prevê que a medida provisória alternativa ao aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) deve ser apresentada pelo governo ao Congresso ainda nesta semana.
A indicação foi dada a jornalistas nesta segunda-feira (9) e vem um dia após reunião entre líderes partidários e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O encontro tratou das possibilidades de aumento da arrecadação para rever o aumento do imposto decretado pelo governo.
“Amanhã, o presidente [Lula] chega. Está aqui o ministro Haddad, despacha com ele e aí nós temos o desenho da MP [Medida Provisória]”, afirmou. Conforme indicou Haddad, os temas discutidos com parlamentares serão levados ao presidente após retorno da viagem na França, previsto para esta noite.
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Segundo Lindbergh, após a reunião com Lula haverá um encontro com os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP) para apresentação do texto e consultas aos pontos. Ainda não há uma data para envio formal da medida ao Congresso.
Desafios de aprovação
Lindbergh também prevê “polêmica” e resistência de parlamentares às mudanças que chegarão ao Congresso. Entre os pontos, o líder destacou mudanças na isenção fiscal em investimentos e o aumento da taxação de bets.
Apesar do cenário, o deputado defende que haja avanços em outras áreas, com contribuição entre Poderes e reajuste em diferentes faixas de renda.
“Não faz sentido você ter um título que é isento e os outros são tributados. Essas reações sempre vão existir aqui. Agora, eu acho que a sociedade não pode ser presa nisso. Quando aperta, o andar de cima não quer pagar nada. Só gostam de fazer ajuste em cima de programa social, de corte em saúde e educação, mas dar a sua contribuição. Então, creio que pode ter reações, sim, mas esses temas têm que ser enfrentados”, disse.
O líder também afirmou que o partido é favorável a uma reforma istrativa, desde que alcance a todos os Poderes: “A gente quer uma reforma istrativa de verdade. Que toque nos supersalários, tem desembargador ganhando R$ 400 mil por aí, que toque no Legislativo, que toque até na questão das emendas [...] com todos os Poderes dando uma contribuição”.
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