Defesa diz que Cid a por momento de angústia e nega que ele critique investigação da PF
Comunicado ocorre após divulgação de áudios em que ex-ajudante de Bolsonaro supostamente critica corporação e o STF
Brasília|Do R7, em Brasília

A defesa do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, divulgou uma nota na quinta-feira (21) negando que o millitar questione as investigações da Polícia Federal sobre ele. O comunicado diz que Cid a por um momento de angústia pessoal devido às apurações da corporação.
"Mauro César Barbosa Cid em nenhum momento coloca em xeque a independência, funcionalidade e honestidade da Polícia Federal, da Procuradoria-Geral da República ou do Supremo Tribunal Federal na condução dos inquéritos em que é investigado e colaborador, aliás, seus defensores não subscrevem o conteúdo de seus áudios", diz a nota.
O comunicado da defesa ocorre após a divulgação de áudios em que Cid supostamente critica a corporação, o STF (Supremo Tribunal Federal) e o ministro Alexandre de Moraes. Segundo os advogados do militar, as falas "não am de um desabafo em que relata o difícil momento e a angústia pessoal, familiar e profissional pelos quais está ando, advindos da investigação e dos efeitos que ela produz perante a sociedade, familiares e colegas de farda".
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A Operação Venire, da Polícia Federal, sobre o suposto esquema de falsos registros de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde, investiga se Jair Bolsonaro (PL) teria sido imunizado em São Paulo, em 2021, e em Duque de Caxias (RJ...
A Operação Venire, da Polícia Federal, sobre o suposto esquema de falsos registros de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde, investiga se Jair Bolsonaro (PL) teria sido imunizado em São Paulo, em 2021, e em Duque de Caxias (RJ), em 2022. Foram presos na operação Mauro Cid e Luis Marcos dos Reis, ex-ajudantes de ordens de Bolsonaro; Max Guilherme de Moura e Sergio Cordeiro, seguranças do ex-presidente; Ailton Moraes Barros, candidato a deputado estadual pelo PL no Rio de Janeiro em 2022; e João Carlos de Souza Brecha, secretário da Prefeitura de Duque de Caxias (RJ).
Segundo a defesa, os áudios "de forma alguma, comprometem a lisura, seriedade e correção dos termos de sua colaboração premiada firmada perante a autoridade policial, na presença de seus defensores constituídos e devidamente homologada pelo Supremo Tribunal Federal nos estritos termos da legalidade".
Nas gravações, o ex-ajudante de Bolsonaro teria afirmado que a PF o pressionou a relatar fatos que não aconteceram e a detalhar eventos sobre os quais não tinha conhecimento. Cid afirma que foi induzido por policiais a corroborar declarações de testemunhas e a reproduzir informações específicas, sob pena de perder os benefícios do acordo de delação premiada.